quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Lei sobre acidentes aéreos será discutida

A lei, sancionada há cerca de uma semana pela presidente Dilma Rousseff (PT), exclui o Ministério Público do processo de apuração.
Por: JornaldaCidade.Net
A morte do ex-deputado federal Pedrinho Valadares (PV), bem como do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e mais outras cinco pessoas provocadas por um acidente aéreo, na última quarta-feira, pode suscitar a retomada da discussão da Lei 12.970/14 que versa sobre as investigações do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) e impõe sigilo sobre as informações das caixas pretas dos aviões. A lei, sancionada há cerca de uma semana pela presidente Dilma Rousseff (PT), exclui o Ministério Público do processo de apuração.  
Questionado pela imprensa a respeito do assunto, no domingo à tarde, durante o sepultamento do sobrinho (Pedrinho), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) prometeu reavaliar a legislação e retomar o debate. No seu entender, não há razão para sigilos diante de desastres dessa natureza. Ele prometeu estudar e sugerir mudanças para que esse tipo de acidente não vire segredo de Estado. “O Ministério Público tem papel primordial e é salutar a participação dos seus membros em investigações desse porte para que a sociedade possa acompanhar todo o processo investigativo”, afirmou o senador. 
Estranheza
Ao ser incitado por jornalistas a se posicionar sobre as especulações em torno de uma possível sabotagem no avião que transportava Eduardo Campos, Pedrinho e outras pessoas, levando-os à morte após explodir, Valadares disse que prefere aguardar o desenrolar das investigações. Ele ressaltou, no entanto, considerar estranho o fato da caixa preta da aeronave não registrar pelo menos as duas últimas horas de conversa da tripulação.
“O irmão de um dos pilotos informou que a caixa preta foi encaminhada aos Estados Unidos para ver se recupera algum diálogo. Se conseguir, isso poderá ajudar a explicar os motivos que causaram tão trágico acidente”, afirmou Valadares. Ele ressaltou que quando a aeronave arremeteu esperava-se que em seguida fizesse a aterrissagem. “Mas, de forma inexplicável, foi ao chão e segundo consta o motor estava em toda potência. Só os peritos poderão explicar esses fatos estranhos”, afirmou o senador, que chegou ao sepultamento de Pedrinho no final da tarde, após participar do sepultamento de Eduardo, em Recife.

Missa
Ontem foi celebrada a missa de 7º dia de Pedrinho Valadares, na Igreja Jesus Ressuscitado. Dezenas de parentes, amigos, autoridades e políticos compareceram.

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