quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Servidores do TJ cruzam os braços

Foto: Jadilson Simões/ Equipe JC
 
Parece que esta será a menor semana do ano para os servidores do judiciário sergipano. É que depois de dois dias oficiais de descanso por causa do Dia do Servidor Público, portanto, 27 e 28 (segunda e terça-feira), o sindicato da categoria (Sindijus) deflagrou hoje e amanhã paralisação das atividades em protesto contra os altos salários do TJSE, pagamento do auxílio-moradia com o novo valor estipulado pelo Conselho Nacional de Justiça, de R$ 4.377,73, mas principalmente, pela falta de negociação no que diz respeito à concessão de reajuste salarial para a categoria. Hoje, às 7h, membros do Sindijus realizam ato público em frente ao Fórum Gumercindo Bessa.
 
O Tribunal de Justiça emitiu nota aos veículos de comunicação informando que, mesmo com o anúncio de greve por parte dos servidores, estão sendo tomadas as providências necessárias para que hoje e amanhã haja atendimento normal à população. “O Tribunal destaca, ainda, que a política de valorização dos servidores e melhorias nas condições de trabalho estão em pleno vigor, bem como as negociações para o reajuste salarial do próximo ano, sendo, assim, uma atitude equivocada a deflagração da greve. Ao optar pela greve, o sindicato adota uma postura contrária ao diálogo, prejudicial à sociedade e ao processo de negociação”, destacou o TJ através da nota pública. 
 
Mas enquanto o tribunal afirma que as negociações salariais estão em vigor, o sindicato da categoria diz que a resposta recebida para a questão foi negativa. Entre os pedidos dos servidores estão o reajuste dos salários em 10%, além de alterações de valores em benefícios como adicionais de qualificação e graduação, auxílio alimentação e gratificação de atividade externa. Em entrevista concedida ao JORNAL DA CIDADE no dia 22 de outubro, o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijus), Plínio Pugliese, disse que a proposta apresentada pela categoria no dia 5 de setembro do corrente ano foi rejeitada pela gerência do TJSE por questões orçamentárias.
 
Segundo ele, dos três mil funcionários do Tribunal, cerca de 1000 são cargos em comissão ou função de confiança, e que uma forma de melhorar os salários dos efetivos seria reduzindo os gastos com esses não concursados, que na opinião de Plínio, incham a folha, já que os salários de alguns destes chegam a até R$ 16 mil.

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