Alguém vai sair desmoralizado, e não serei eu, será o senador (Antônio Carlos) Valadares. Não adianta usar Jorge Rabelo (secretário-geral do PSB), Paulo Viana (presidente do diretório estadual), porque todo mundo sabe que quem manda no partido é ele (Valadares)”.
O desabafo, em tom desafiador, é do ex-prefeito Manoel Messias Sukita (PSB), ao falar sobre o imbróglio político-judicial em que se envolveu desde que foi preso, em junho passado, pela Polícia Federal, acusado de desviar cerca de R$ 3 milhões de recursos que deveriam ser destinados para investimentos em educação.
Em entrevista na 103 FM, no início da manhã de ontem, Sukita acusou o senador Valadares de ter falsificado um documento, protocolado pelo PSB no Tribunal Regional Eleitoral, no dia 9 de agosto, quando ele foi preso pela segunda vez pelos mesmos crimes.
“Valadares pode tirar o cavalo da chuva, pois a candidatura será mantida. Deus existe e a Justiça funciona, por isso continuarei candidato”, afirmou, adiantando que é ficha limpa e lembrando que a Justiça Federal da 5ª Região considerou a sua prisão arbitrária e ilegal.
Ele vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral e até lá manterá a candidatura nas ruas. “O meu nome constará na urna. Votarei e serei votado, pois não há nenhuma prova que mostra que cometi ilícitos”, afirmou, ao denunciar que há um movimento, comandado pelo senador Valadares, para destruí-lo politicamente. “Se não me quer no partido, tudo bem. Agora, Valadares, que eu considerava o meu pai político, não vai conseguir me tirar da vida pública através de um documento fraudado”.
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