Publicada em 11/09/2014 às 00:57:00
Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br
Foi encerrada no fim da tarde de ontem a paralisação dos 110 vigilantes terceirizados da empresa Brava Segurança, que presta serviços para a Fundação Renascer. Os salários do mês de agosto, que estavam atrasados em alguns dias, foram depositados nas contas dos funcionários por volta das 17h. Logo em seguida, eles retornaram ao trabalho e iniciaram normalmente o plantão da noite nas unidades socioeducativas administradas pela Renascer, incluindo o Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) e a Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip).
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br
Foi encerrada no fim da tarde de ontem a paralisação dos 110 vigilantes terceirizados da empresa Brava Segurança, que presta serviços para a Fundação Renascer. Os salários do mês de agosto, que estavam atrasados em alguns dias, foram depositados nas contas dos funcionários por volta das 17h. Logo em seguida, eles retornaram ao trabalho e iniciaram normalmente o plantão da noite nas unidades socioeducativas administradas pela Renascer, incluindo o Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) e a Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip).
Os vigilantes da Brava haviam cruzado os braços às 6h de anteontem, em protesto contra o atraso no pagamento dos salários e do tíquete-alimentação. A empresa, por sua vez, alegou aos empregados que está há três meses sem receber pagamentos do Estado, referente às faturas do contrato de prestação de serviços com a Renascer. "Há uma preocupação para a categoria quando isso acontece, porque esses atrasos podem provocar demissões de vigilantes. Se o Estado atrasa, a empresa vai segurando, arcando com as obrigações do próprio caixa, até não ter mais condições de manter o serviço", disse o diretor de comunicação do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe (Sindivigilantes), Genilson Pereira.
Mais cedo, em meio às manifestações realizadas pelos vigilantes na porta do Cenam, na Avenida Tancredo Neves (Capucho, zona oeste), havia um impasse sobre quem faria o pagamento dos funcionários. Chegou a se pedir que a Renascer repassasse o recurso diretamente aos empregados, mas o órgão negou, afirmando que o problema é de responsabilidade da Brava. A questão foi resolvida à tarde, quando a firma depositou os salários e anunciou para hoje o pagamento dos tíquetes-alimentação, referentes ao mês passado e igualmente em atraso.
O porta-voz do sindicato negou que a paralisação tivesse sido pedida pela Brava para pressionar o Estado pelos pagamentos. "Os vigilantes pararam espontaneamente. Eles interromperam o serviço pela manhã e pediram o apoio do sindicato ao meio-dia. Claro que, em virtude desses atrasos, temos que ser solidários à empresa, porque ela pode não ter condição de pagar o funcionário. E a nossa preocupação maior é com os funcionários, porque muitos têm pensão alimentícia, contas pra pagar e a feira do mês, coisas que nunca esperam", argumentou Genilson.
Ele confirma também que os atrasos de pagamentos da Brava aos empregados se repetiram nos últimos dois meses, quando começou o impasse com a Renascer. E que, da mesma forma, se repetiram as paralisações da categoria e o posterior pagamento dos salários e dos tíquetes. "Enquanto durar esse impasse, e até ele ser resolvido de vez, os vigilantes vão continuar paralisando espontaneamente, se os salários e os tíquetes não estiverem depositados até o quinto dia útil do mês", conclui o sindicalista.
A Fundação Renascer informou, por meio da assessoria, que aguarda o repasse das verbas do Estado para fazer o pagamento das faturas da Brava. Este repasse é executado pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e está previsto para acontecer hoje. Ainda segundo o órgão, o contrato de prestação de serviços com o Estado prevê que a Brava e as outras terceirizadas são obrigadas a arcar com o pagamento dos funcionários, em caso de atrasos no pagamento dos serviços.
Em 21 de agosto último, o mesmo impasse se repetiu com os funcionários da empresa Sacel, que interromperam os serviços em 16 unidades administradas pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) na capital e no interior. A própria empresa apoiou o movimento, alegando que tem uma dívida de R$ 5 milhões para receber do órgão, referente a seis meses de contrato. A FHS assegura que vai resolver a questão e envida esforços para manter o serviço de vigilância nos hospitais.
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