Manifestação ocorreu no final da manhã desta terça-feira (16) em frente ao Fórum da cidade. Duas pessoas conversaram com o juiz
Por: Jornaldacidade.net
A frase na faixa empunhada pelos manifestantes já resumia o sentimento deles que foram no final da manhã desta terça-feira (16) até o Fórum de Justiça do município de Porto da Folha para cobrar do Poder Judiciário uma ação mais rígida contra Jorge Carlos Lima Souza, 19 anos, acusado de atropelar e matar as irmãs Miriam da Silva Lima, 81 anos, e Maria José Silva, 71 anos, que aguardavam o desfile cívico sentadas na calçada da residência, no último dia 07.
“A Polícia fez a parte dela! O promotor fez a parte do M. Público e a Justiça, cadê?”, dizia um trecho da faixa que foi levada para frente do Fórum. As dezenas de pessoas que foram até o local queriam entender o motivo que levou o juiz Eládio Pacheco Magalhães a conceder a liberdade, dois dias depois do ocorrido, a Jorge Carlos. No alvará, o magistrado avaliou ainda que “o delito cometido, em tese, pelo acusado não teria sido praticado mediante violência ou grave ameaça”.
Após solicitação dos manifestantes, o juiz recebeu dois representantes e expôs os motivos jurídicos que o fizeram conceder a liberdade ao motorista responsável pelo atropelamento das idosas. Os representantes aproveitaram a oportunidade e pediram que o magistrado revisse a decisão.
“Foi uma manifestação ordeira. O juiz recebeu duas pessoas e disse que o promotor de Justiça (Solano Lúcio Oliveira da Silva) já pediu a revogação da prisão e o que foi feito foi dentro da lei. Que concedeu a liberdade ao rapaz por ele ser réu primário”, contou, por telefone, Paulo Jeones, familiar das vítimas.“O que se pediu ao juiz é que ele tome outra decisão em relação a esse caso. Agora é esperar pela Justiça”, completou.
Mesmo com a soltura, o juiz estabeleceu algumas medidas que deverão ser cumpridas por Jorge: não frequentar determinados lugares onde haja consumo de bebidas alcoólicas ou drogas afins, tais como: shows, bares, festas populares, entre outras; está vedada a condução de veículos automotores, de qualquer espécie, até o trânsito em julgado do feito; não se ausentar da Comarca em que reside até o trânsito em julgado do processo, sem autorização do Juízo processante; e o comparecimento mensal ao Juízo do processo para informar e justificar suas atividades, bem como comprovar ocupação lícita.
O caso
De acordo com a Polícia Militar, as duas idosas aguardavam o desfile cívico na calçada da residência localizada a rua Maria Eugênia (conhecida como Rua de Cima) no centro de Porto da Folha quando por volta das 10h30, um veículo modelo Gol, cor preta, placa NVN 8056, acabou atingindo as irmãs. O carro era conduzido pelo estudante Jorge Carlos, natural de Nossa Senhora da Glória. Miriam morreu no local, enquanto Maria José foi levada ao hospital local, mas não resistiu aos ferimentos.
Jorge Carlos acabou preso em flagrante pelo cabo Damião, da Polícia Militar, com ajuda da Guarda Municipal, que evitaram um linchamento contra o condutor do veículo. Em conversa com os policiais militares, Jorge Carlos teria confessado que desde a noite anterior ao fato, ingeria bebida alcoólica, e por uma manobra errada atropelou as duas pessoas que se encontravam na calçada. A rua estava interditada para o desfile cívico.
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