Publicada em 16/09/2014 às 00:09:00
Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br
Passados 75 dias do encerramento dos festejos juninos na capital sergipana, um grupo de músicos denuncia a Prefeitura de Aracaju por inadimplência ao não cumprir os acordos contratuais. Estes cachês, segundo os forrozeiros, são referentes a várias apresentações nos meses de maio e junho, em especial na tradicional Rua de São João, no Forró Caju, e em variados arraiais instalados na cidade. Cansados de esperar repasse financeiro, os profissionais, juntamente com o Sindicato dos Músicos de Sergipe (Sindimuse), decidiram trazer o problema a público com o objetivo de pressionar o prefeito João Alves Filho a cumprir com o combinado. Em caso de novas negligências, a perspectiva é que um grande ato público seja realizado já nos próximos dias.
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br
Passados 75 dias do encerramento dos festejos juninos na capital sergipana, um grupo de músicos denuncia a Prefeitura de Aracaju por inadimplência ao não cumprir os acordos contratuais. Estes cachês, segundo os forrozeiros, são referentes a várias apresentações nos meses de maio e junho, em especial na tradicional Rua de São João, no Forró Caju, e em variados arraiais instalados na cidade. Cansados de esperar repasse financeiro, os profissionais, juntamente com o Sindicato dos Músicos de Sergipe (Sindimuse), decidiram trazer o problema a público com o objetivo de pressionar o prefeito João Alves Filho a cumprir com o combinado. Em caso de novas negligências, a perspectiva é que um grande ato público seja realizado já nos próximos dias.
Na última quinta-feira, 11, os profissionais se dirigiram até o Centro Administrativo Aloísio Campos, sede da Prefeitura de Aracaju, e indagaram o atraso do pagamento que deveria ser promovido pela Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz), através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju). Conforme apresentado pelos sindicalistas, o acordo contextualizado relatava o repasse de seis milhões de reais que deveriam ser pagos em até três parcelas, mas até à noite de ontem apenas a primeira foi devidamente atribuída para os músicos. Esse valor quitado foi repassado para artistas que subiram no palco da Rua São João, do Fórum de Forró, e as Quadrilhas, já que se apresentaram na primeira quinzena de junho.
Aqueles que realizaram shows do dia 15 de junho até a primeira semana de julho, apenas 10% receberam os cachês. A mais recente informação apresentada pela categoria é que secretários municipais estão engajados nesse processo financeiro, a fim de quitar as dívidas. Apesar das promessas atribuídas ao Sindimuse, o receio é que o mês de setembro encerre sem nenhuma resposta positiva. "Em nenhum evento marcado nós registramos ausência e por isso não entendemos o porquê dessa demora toda. A folha de pagamento de setembro já foi fechada, estamos preocupados porque já estamos chegando ao final do mês e é capaz de passarmos mais 30 dias sem receber", lamentou Tonico Saraiva, presidente do sindicato.
Ao contrário do que ocorria até o ano de 2012, quando Edvaldo Nogueira (PCdoB) era prefeito da cidade, os atrasos destes pagamentos começaram a conturbar aqueles que necessitam desses recursos para se sustentar, ou têm a música como principal fonte de renda. No ano passado, primeiro ano de governo de João Alves após retornar ao comando da capital sergipana, este mesmo tipo de atraso foi registrado no mês de dezembro. Ainda de acordo com Tonico, o espaço e valorização cultural dos artistas locais não é grandioso, e mesmo assim, em especial os sanfoneiros, zabumbeiros e trianguleiros, submetem-se a passar por este tipo de tardança capital. A meta agora é intensificar as cobranças e solicitar o apoio dos amigos e familiares.
"Precisamos também do apoio dos vereadores. Caso eles se sensibilizem com a nossa situação, quem sabe esse ano a gente receba as últimas duas parcelas já no final desse mês ou no início de outubro. Enquanto vamos para as ruas cobrar mais valorização e respeito, muitos administradores não estão nem aí para as nossas causas", pontuou. Apesar do não pagamento dos artistas sergipanos, o sindicato lamenta que bandas consideradas de renome nacional estejam sendo privilegiadas. "Eu duvido que Wesley Safadão, Aviões do Forró e Elba Ramalho estejam até hoje sem receber os cachês. Com eles o pagamento é 50% antecipados e 50% na hora do show. Por que com a gente é diferente?", questionou o zabumbeiro Everaldo Santos.
Estado - Conforme relatos do Sindicato dos Músicos, o Governo do Estado também apresentou atraso, mas em menor escala. Até à semana passada cerca de 20% dos músicos ainda não haviam recebido os pagamentos. A direção do Sindimuse informou que as secretarias de Cultura, Comunicação e Fazenda estão trabalhando para quitar os contratos. "O governo esse ano atrasou um pouco e para poucos. A nossa dor de cabeça maior é com a prefeitura que não sei o porquê continua emperrando o pagamento dos trios pés-de-serra e bandas", afirmou o sanfoneiro José Domingos. A perspectiva por parte do Governo de Sergipe é que a quitação seja realizada ainda esse mês. Já os quatro milhões pendentes da Prefeitura de Aracaju não tem prazo.
Estado - Conforme relatos do Sindicato dos Músicos, o Governo do Estado também apresentou atraso, mas em menor escala. Até à semana passada cerca de 20% dos músicos ainda não haviam recebido os pagamentos. A direção do Sindimuse informou que as secretarias de Cultura, Comunicação e Fazenda estão trabalhando para quitar os contratos. "O governo esse ano atrasou um pouco e para poucos. A nossa dor de cabeça maior é com a prefeitura que não sei o porquê continua emperrando o pagamento dos trios pés-de-serra e bandas", afirmou o sanfoneiro José Domingos. A perspectiva por parte do Governo de Sergipe é que a quitação seja realizada ainda esse mês. Já os quatro milhões pendentes da Prefeitura de Aracaju não tem prazo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário