O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que participou do debate, reconheceu os problemas, mas afirmou que a Copa do Mundo deixará como legado para o setor de telecomunicações a antecipação de investimentos.
Por: JornaldaCidade.Net
O senador Eduardo Amorim (PSC) presidiu ontem audiência conjunta das comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), Ciência e Tecnologia (CCT) e de Infraestrutura (CI) sobre a telefonia celular e a banda larga do País. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que participou do debate, reconheceu os problemas, mas afirmou que a Copa do Mundo deixará como legado para o setor de telecomunicações a antecipação de investimentos.
Ao reafirmar que o setor é recordista de reclamações de usuários, Amorim frisou que são recorrentes problemas como as quedas de chamadas, a falha de sinal e a existência de muitas áreas no país sem cobertura. “São quase unânimes as queixas dos usuários. Hoje podemos afirmar que não temos uma companhia que disponibilize serviços de qualidade, apesar dos altos preços”, disse Amorim, que cobrou maior cobertura das empresas de telefonia para Sergipe.
O senador afirmou ainda ao ministro que o serviço precisa de mais investimentos. “Muitas vezes não conseguimos terminar uma ligação e temos que ligar uma segunda vez, acarretando em mais custo”, reclamou. O ministro Paulo Bernardo explicou que as licitações passadas não exigiam que também os distritos, e não apenas as sedes dos municípios, fossem atendidos, mas informou que nas licitações para o serviço 4G está prevista a oferta obrigatória de acesso à internet e telefonia até 30 quilômetros a partir da borda da área urbana da sede das cidades.
Paulo Bernardo informou ainda que passará a vigorar a partir de julho um conjunto de novas regras definidas pela Anatel, como o fim da cobrança pela segunda ligação para o mesmo número, desde que feita até dois minutos após a queda da chamada original. “É evidente que isso [queda de ligação] é um inconveniente, mas motivo para derrubar a ligação a empresa não vai ter, pois terá que fazer outra ligação de graça”, acrescentou o ministro. Ainda sobre as novas regras ele destacou o direito dos assinantes de aderir a promoções ofertadas a novos clientes e o serviço de cancelamento automático de contratos.
Ele disse também que o governo antecipou em cinco anos os investimentos que a Telebrás faria para dar suporte ao Plano Nacional de Banda Larga. “O serviço de 4G que está sendo implantado vai ser usado pela população nos próximos 15 anos”, frisou. O ministro destacou investimentos em redes de fibra ótica de alta qualidade e em sistemas de fiscalização para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além do aprendizado tecnológico quanto ao fornecimento de serviços em grandes aglomerações de pessoas. “O Brasil sai melhor preparado em termos de telecomunicações depois desse evento”, frisou.
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