Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, o democrata sergipano Mendonça Prado prestigiou a ação solidária de todos aqueles que doam sangue. “Celebramos o dia 14 de Junho como data comemorativa do doador de sangue, no intuito de agradecer os já existentes doadores e estimular a chegada de novos que dêem continuidade a essa boa ação que é salvar vidas”, afirmou o parlamentar.
A data comemorativa do doador de sangue foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de homenagear o aniversário do cientista Karl Landsteiner, por ter conquistado o prêmio Nobel pela descoberta do sistema de grupos de sangue ABO. O pesquisador austríaco percebeu que quando misturava tipos diferentes de sangue poderia ocorrer incompatibilidade entre eles, devido à aglutinação das hemácias.
Em seu pronunciamento, Mendonça Prado explica que essa descoberta proporcionou um avanço nas transfusões sanguíneas, visto que a incompatibilidade de sangue entre doador e receptor poderia ocasionar sérios danos à saúde do receptor. Para solucionar isso, foram criados os quatro tipos sanguíneos A, B, AB e O, formando o sistema ABO. “Em média 30 minutos é o tempo gasto pela pessoa para doar 450 ml de sangue e ajudar a salvar a vida de três pessoas, dentre elas vítimas de acidentes, mães com complicações durante o parto ou na gravidez, crianças anêmicas e pacientes com câncer”, destacou o deputado.
No Brasil, a cada dois minutos uma pessoa precisa de transfusão de sangue. Somado a isso, há uma grande dificuldade em encontrar pessoas dispostas a doarem sangue para suprir a demanda diária, segundo dados da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), que age em conjunto com a OMS. “Infelizmente, menos de 2% da população nacional é doadora efetivamente, quando a OMS recomenda que pelo menos 5% dos nacionais de um país doem sangue”.
Em Sergipe, há o Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS) e o Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE) que fazem a coleta de sangue. A gerente do HEMOSE, Florita Aquino, destaca que o quantitativo de doações atual está abaixo do necessário para atender os vários tratamentos da medicina, o que acaba por não suprir a demanda diária de 80 bolsas de sangue nos procedimentos de transfusão de sangue.
No início de março deste ano, nos primeiros vinte dias, o HEMOSE contabilizou 1.201 doações de sangue, enquanto que no mesmo período, em fevereiro de 2014, foram realizadas 1.408 coletas de sangue. “Para conseguirmos reverter esse quadro de poucas doações de sangue é preciso investir mais em educação e infraestrutura, bem como políticas públicas de incentivo aos doadores”, finalizou Mendonça Prado.
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